terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Vereadora Eni Scandolara preocupada com mudanças no currículo escolar

Aprovado por unanimidade na sessão de segunda-feira (07), requerimento da vereadora Eni Maria Scandolara (PP), no qual solicita ao MEC - Ministério da Educação, que reveja a proposta de mudança no currículo escolar nas disciplinas de história e língua portuguesa, constantes na Base Nacional Comum Curricular que esta em elaboração.
Na oportunidade a vereadora explicou que a proposta ainda esta em fase de elaboração, porem a reformulação do currículo de todas as escolas brasileiras de educação básica está causando preocupação a pais, professores e especialistas. 
Através desta iniciativa capitaneada pelo MEC deve ser padronizado 60% dos conteúdos a serem apresentados aos alunos dos ensinos Fundamental e Médio, ano a ano. Os outros 40% serão definidos pelas próprias instituições e redes de ensino, contemplando particularidades regionais. A iniciativa deverá impactar também a confecção de livros didáticos, mecanismos de avaliação como a Prova Brasil e até os cursos de licenciatura.
Eni Scandolara enfatizou que entre as maiores controvérsias está a listagem de tópicos previstos em história, sobretudo ao longo das três séries do Ensino Médio. “Para os críticos dessa proposição inicial, a disciplina privilegiaria a história do Brasil, das Américas e da África, restringindo expressivamente a abordagem de temas como a Antiguidade Clássica e a Idade Média, por exemplo. Acreditamos que há foco em blocos temáticos, em detrimento do acompanhamento da ordem cronológica dos acontecimentos. Precisamos entender a história como algo completo, global, para que num mundo globalizado os alunos possam compreender a atualidade”.
Outra questão preocupante levantada pela vereadora é a falta de gramática no currículo de língua portuguesa. Só existe referência à gramática até o 3º ano do Ensino Fundamental. “A partir do 4º ano do Ensino Fundamental, a gramática perde destaque, devendo ser trabalhada indiretamente em outros conteúdos, como leitura, interpretação e produção textual. Não está prevista uma progressão do aprendizado, encadeando as atividades previstas em cada ano, o que comprometeria o aprendizado. Além disso, os estudos de literatura, ao menos no 1º ano do Ensino Médio, se concentrariam nas obras de língua portuguesa, africana e indígena”.
Prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas, diretrizes e estratégias para a educação brasileira, a Base Nacional Comum Curricular (BNC) será aplicada às 190 mil escolas de educação básica, públicas e particulares, do país. Na prática, o projeto apresenta os conteúdos mínimos a serem tratados nas salas de aula dos ensinos Fundamental e Médio. “Diante do exposto, solicitamos ao MEC - Ministério da Educação, que reveja a proposta de mudança no currículo escolar nas disciplinas de história e língua portuguesa, constantes na Base Nacional Comum Curricular que esta em elaboração”, destacou a vereadora Eni Scandolara.

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