terça-feira, 24 de novembro de 2015

Pioneiro Pedro Balvedi é homenageado com nome de rua do município


Vereadores aprovaram por unanimidade durante sessão ordinária desta segunda, 23, Projeto de Lei Legislativo de autoria da vereadora Eni Scandolara, que denomina artéria de nosso município, localizada no Loteamento Rio Tigre de Rua Pedro Balvedi – Pioneiro.
Eni iniciou seu discurso lembrando que os primeiros Balvedi vieram para o Brasil em 1884. Entre eles estava Bartolomeu Balvedi, mais tarde conhecido com Bortolo Balvedi. Pedro Balvedi é filho de Bortolo Balvedi e Maria Miglioranza Balvedi.
Pedro Balvedi - Pioneiro
Nascido em Travessão Alfredo, em 25 e fevereiro de 1907, tendo então sido registrado em Caxias do Sul, veio para Erechim em 1913 com apenas seis anos de idade. A família estabeleceu-se defronte à antiga CORLAC. Até o ano de1917 trabalhavam na agricultura, porém neste ano adquiriram um terreno que possuía uma fonte de água límpida e de excelente qualidade. Com visão empresarial aproveitaram este recurso natural e instalaram uma pequena fábrica de bebidas, pioneiros em nosso Estado.
“Quem não lembra da gasosa Balvedi, da laranjinha presente nas festas e comemorações (buraquinho feito com prego). Foram várias gerações que se deliciaram com estas bebidas, que deixaram saudade pelo sabor inigualável e gosto de infância”.
O local era no início da estrada do Dourado, que leva para a região colonial e para os municípios de Aratiba, Itatiba do Sul e Barra do Rio Azul. Pedro teve sua vida dedicada à Indústria de Bebidas Balvedi, empresa instalada em Erechim em 1918 e que manteve suas atividades por quase 90 anos. Pedro Balvedi juntamente com seus irmãos Ângelo e Hilário, e mais tarde, acompanhados por sua mãe Maria durante décadas foram desenvolvendo a empresa.
“Pela precariedade de químicos com curso superior, seu Pedro Balvedi foi licenciado pelo Conselho Regional de Química de Porto Alegre, em 01 de junho de 1960, para exercer essas atividades, o que fez, não só nessa empresa, como também em outras da região. Pela atividade comercial e industrial conheceu muitas famílias e a região como poucos. Por elas teve uma grande estima e boas lembranças até os últimos dias de sua vida”, resgata Eni.
Casou-se com Genovefa Cantele em 20 de junho de 1931, na Catedral São José, em ofício realizado pelo padre Benjamin Busato, cuja cerimônia religiosa veio a se repetir 50 anos depois nas Bodas de Ouro do Casal. Desta união teve 12 filhos – Helena, Orestes, Luiza, Elzira, Maria, Albina, Lourdes, Balduino, Pedrinho Antonio, Elcemina Lucia, Elenir e Antonio (in memoriam). Os filhos lhe presentearam com 25 netos, 34 bisnetos e três tataranetos.
“Homem dedicado à família com muito amor e responsabilidade. Como pioneiro colaborou ativamente no desenvolvimento de nosso município, participando de atividades religiosas, educacionais, sociais e esportivas. Auxiliava muitas vezes anonimamente, diversas entidades de nossa cidade como o Patronato Agrícola e Profissional São José, Sociedade Beneficente Jacinto Godoy, Hospital de Caridade e as comunidades religiosas”.
Apaixonado pelo esporte regional, Eni lembra que, quando jovem o homenageado jogou muito futebol e já na maturidade dedicou-se mais ao bolão e a bocha. Era muito ligado ao Atlântico e Caixeral. Teve uma vida marcada pela religiosidade, simplicidade e intenso trabalho.

 




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