sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Espaço de carinho e acolhimento às mamães

Casa de apoio já recebe mulheres que necessitam acompanhar seus bebês internados no Hospital Santa Terezinha


Mais que uma casa, um espaço de acolhimento das mamães que estão com seus bebês internados no Hospital Santa Terezinha de Erechim. Assim é possível definir a Casa de Apoio As puérperas Ondina M. Piaia inaugurada oficialmente na tarde de sexta-feira (26). A cerimônia contou com a presença de autoridades, lideranças, representantes de entidades, além de amigos e familiares da homenageada da casa. 
Conforme o diretor da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, Hélio Bianchi, a casa é um dos dispositivos previstos na Rede Cegonha que é instituída pelo Ministério da Saúde (Portaria 1459 de 24 de junho de 2011) e visa um novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança, com foco no parto, nascimento, crescimento e desenvolvimento da criança. “A legislação prevê a criação da Casa da gestante no ano de 2013, mas o Hospital Santa Terezinha desde o ano de 2000 ostenta o Título de Hospital Amigo da Criança e proporciona a permanência das mães próximo ao recém-nascido, bem como o incentiva o vínculo mãe bebê através do aleitamento materno. Além disso, o hospital é uma referência em gestação de alto risco”, comenta, citando que o objetivo é garantir, entre outras coisas, o cuidado no parto e o atendimento às mães cujos filhos necessitem de cuidados especiais.  
A vereadora Eni Scandolara junto à amiga Dalva, destacaram a importância do momento que representa o ato de atender a um pedido de uma amiga. “Agradecemos o apoio recebido de todos e salientamos a importância desse local que poderá contribuir para a recuperação e fortalecido do vínculo: mamãe e bebê". 
Zelinda Piaia Coppe é irmã da homenageada. Durante seu discurso, não escondeu a emoção em prestigiar a inauguração de um local que leva o nome de Ondina. “É com muita honra que participamos desta ocasião. É uma obra importante para acolher as mulheres em um dos momentos mais sublimes”, revelou. 
O prefeito municipal, Luiz Francisco Schmidt, declarou com entusiasmo que esta é mais uma importante conquista que foi almejada e construída por várias pessoas. “Se pudermos a cada dia colocar um pouco da nossa alma e coração nas ações, teremos um mundo melhor”, salientou, lembrando que o hospital Santa Terezinha recebe pacientes de 85 municípios que tem a instituição como referência no atendimento de qualidade. 
Do mesmo modo, o vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Erechim, Rafael Ayub, reforçou que o dia foi de agradecimento e reconhecimento. “Nessa casa o acolhimento será melhor e propiciará mais liberdade às pessoas que precisarem. Percebemos assim, mais uma vez a relevância de unir forças e caminhar no mesmo sentido, trabalhando juntos em prol da comunidade”, disse. 

Um ponto de apoio
Quantas histórias uma casa pode guardar? No caso da Casa de Apoio, muitas já começam a ser compartilhadas pelas primeiras mamães que por ali chegam. 
Maiqueli Poganski tem 18 anos e chegou à Casa de Apoio há 14 dias. Ela veio de Gramado dos Loureiros e acompanha o tratamento do filho Noah Gael que permanece internado na UTI. 
Daiane Assmann, de 30 anos, reside em Carazinho e chegou à Casa de Apoio há 38 dias. A jovem aguarda a alta da filha Isabelly Domingues que recebe tratamento na UTI. 
O que elas tem em comum? O desejo de retornar para suas cidades e famílias com seus bebês em plenas condições de saúde. Por enquanto o momento é de aguardo e acompanhamento das crianças. Para isso, elas disseram à reportagem do Bom Dia que a Casa de Apoio se tornou um suporte e um ponto se apoio para o descanso. “Assim conseguimos sair um pouco do ambiente hospitalar e conversar com outras mulheres que também enfrentam um momento delicado”, disseram. 

Mais sobre a casa
A rede Cegonha garante boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento, sendo implantada a Casa da Gestante através da Portaria 1020 de 29 maio 2013, com o objetivo de apoiar o cuidado às mães puérperas quando o recém-nascido tem necessidade de cuidados na UTI NEO e ou na Unidade de Cuidados Intermediários.
A casa tem caráter de residência provisória quando houver dificuldade para deslocamento frequente da mãe.
A residência conta com 10 leitos, equipada com cozinha, área de serviço, sala de estar, pátio, um ambiente acolhedor e diferenciado, tornando-se semelhante a uma casa tradicional. Anteriormente, as mães necessitavam ficar no do ambiente hospitalar e hoje terão um ambiente diferenciado e mais parecido com sua casa, o que beneficia seu estado físico e emocional, auxiliando no enfrentamento da hospitalização de seu filho, contribuindo para sua recuperação e fortalecendo vínculos.

Por: Izabel Seehaber/Jornal Bom Dia

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