quarta-feira, 29 de julho de 2015

Moção de Repúdio em solidariedade aos pacientes com esclerose múltipla

Numa iniciativa da vereadora Eni Maria Scandolara (PP), foi aprovado por unanimidade na noite de segunda-feira (27), o envio de uma Moção de Repúdio a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (CONITEC), a possível exclusão do remédio Avonex da lista de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
De acordo com a vereadora o SUS pode deixar de fornecer o Avonex (nome comercial da betainterforena 1 a de 30 mcg) a pacientes diagnosticados com esclerose múltipla. “A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu, no início deste mês, uma consulta pública para ouvir opiniões sobre a possível exclusão do remédio da lista de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo governo federal. Se o corte for efetivado, 3.080 mil pacientes tratados na rede pública com o Avonex teriam de migrar para outras duas medicações disponíveis no SUS”.
Eni Scandolara enfatizou que a possibilidade de o Avonex ser cortado da lista de remédios distribuídos pelo governo provocou a crítica imediata de médicos especialistas e de associações de pacientes em todo o país. Eles atentam para o impacto em que a mudança no tratamento implicaria e para o alto volume de pessoas que hoje controlam a doença por meio do Avonex: 20% dos tratamentos de esclerose múltipla feitos na rede pública são baseados neste medicamento. “De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), essa decisão vai ao contrário do que se faz no resto do mundo. Cada pessoa se adapta de uma forma a um medicamento. Excluir um deles é tirar uma opção do paciente. O paciente deve ter o maior número possível de terapêuticas disponíveis pelo SUS, com este acesso garantido. Quem tem que definir o melhor tratamento são o médico e o paciente, não uma comissão”.
Especialistas alertam para consequências desta mudança. Os pacientes vão ser submetidos a novas drogas, sem que se esteja pensando nos efeitos colaterais disso. “Não se está pensando na qualidade de vida dos pacientes. O maior risco é de efeitos colaterais no local das aplicações, como alergias e irritações. Também pode haver efeitos gripais prolongados, com dor no corpo e calafrios. Se o remédio for substituído por opções orais, pode até ter riscos cardíacos”.

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