O Plenário da Casa do Povo lotou na noite desta segunda, 29, para vivenciar o resgate histórico e cultural dos 45 anos do Grupo JUPEM momento em que a vereadora autora e oradora da Sessão Especial, Eni Scandolara (PP) reviveu seus passos e reverenciou seus feitos para a cultura local e nacional, visto que somos referência internacional em palcos de outros países através das apresentações que já emocionaram milhares de pessoas.
Para a oradora, falar do JUPEM é falar de crianças, jovens, idosos, famílias que ao longo destes anos, contribuíram e contribuem, com trabalho, amor e dedicação para construir sua bela história.
“Os poloneses muito contribuíram com nosso município desde a sua colonização, prova desta contribuição está presente nas diversas entidades polonesas existentes em Erechim: Sociedade Instrutiva e Recreativa Rui Barbosa, Grupo de Canto Stare i Wesole Wiarusy, Centro de Língua e Cultura Polonesa, Grupo Da Melhor Idade “Rui Barbosa”, e o homenageado, o JUPEM”.
Por idealizadores como Ir. Wanda Szymla e Pe. Walenty Nowacki, surgiu o Grupo Folclórico Polonês de Erechim - JUPEM, com o intuito maior de manter acesas as tradições, o folclore, o canto, a música, a dança, a culinária, o artesanato e a cultura polonesa.
O grupo é composto de dançarinos, músicos e cantores das mais diversas idades, dos cinco aos 70 anos. Embora, no início, o grupo tenha sido composto apenas por descendentes de poloneses, razão de sua denominação - Juventude Polonesa de Erechim - fazem parte atualmente do JUPEM, cerca de cem pessoas oriundas das diversas etnias pioneiras da cidade de Erechim.
Seus espetáculos de danças folclóricas polonesas com música ao vivo, ou não, e trajes típicos autênticos, representam diversas regiões da Polônia. A paixão de seus integrantes pela cultura polonesa é transportada ao palco em verdadeiros shows de ritmo, cor, graça, sensibilidade e dinamismo, executando passos e marcações para contemplar seu público com coreografias de rara beleza e encantamento. A fidelidade ao folclore polonês sempre foi prioritária. Desde 1986 renomados coreógrafos poloneses de destaque no seu país tem trabalhado com o grupo.
“Não podemos deixar de mencionar os Espetáculos da Primavera, que iniciaram em1981, tendo como idealizador Antônio Carlos Górski. Este esse evento tornou-se o espetáculo de gala do JUPEM, que continua até hoje. A partir de 1983, cada Espetáculo da Primavera passou a desenvolver um tema, assemelhando-se a uma mini-ópera. Os shows envolvem cenário específico, músicos e muitos bailarinos”, destaca a oradora.
A direção dos espetáculos conta com o talento dos coreógrafos, diretores artísticos e instrutores que realizam um belo trabalho com responsabilidade e respeito aos princípios do passado. Neste ano foi realizada a 27ª edição do Espetáculo da Primavera, uma marca admirável e que precisa ser reconhecida.
“O JUPEM não é apenas um grupo de dança, sempre se preocupou com as diversas questões sociais. O simples fato de trazer jovens para o seu convívio, para dançar, cantar ou tocar já auxilia na formação de cidadãos conscientes. Muitos, hoje adultos, contribuindo em Erechim, Brasil e exterior nas mais diversas áreas do conhecimento. Entretanto, o grupo busca sempre ir além e proporcionar novas atividades para a comunidade erechinense e do Alto-Uruguai, realizando oficinas de cultura polonesa em escolas, entidades e grupos, agregando ao seu calendário atividades típicas dos costumes poloneses”.
A fidelidade aos costumes poloneses, já certificada por diversos entendedores dessa cultura, fez com que o JUPEM fosse além dos limites da cidade de Erechim, do Estado do Rio Grande do Sul e até mesmo do Brasil, chegando a apresentar-se em países como Argentina, Paraguai, Chile, Peru, Espanha, Itália e Polônia. “A sua sustentação no trabalho, na disciplina e na fé foi essencial para que o JUPEM recebesse diversas premiações em festivais nacionais e internacionais”.
A premiação mais recente ocorreu em 2012: Melhor Grupo do Festival de Dança de Joinville, reconhecido pelo Guines Book, como o maior festival de dança do mundo. O grupo concorreu na categoria Danças Populares. Além de conquistar o primeiro lugar na sua categoria, foi eleito o melhor grupo de todo o festival num conjunto de 220 coreografias, na sua maioria formada por bailarinos profissionais.
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