Mesmo recebendo parecer favorável pelas Comissões Permanentes do Poder Legislativo, as emendas apresentadas pela vereadora Eni Maria Scandolara (PP), ao projeto de Lei Nº 160/2014, que dispõe sobre a Lei Orçamentária Anual para o exercício financeiro do ano de 2015, foram rejeitadas em plenário pela bancada governista. As emendas beneficiavam entidades e grupos culturais do município, associações que atendem idosos e pessoas com deficiência na cidade de Erechim.
Vereadora Eni apresentou três emendas ao Orçamento |
Durante a votação a vereadora Eni destacou a importância das emendas que teriam impacto direto na vida das pessoas. “Estudamos exaustivamente a LOA e apresentamos emendas que julgamos necessárias e pertinentes. As três receberam parecer constitucional favorável nas comissões, o que demonstra a seriedade das propostas. Nossa intenção foi colaborar com o Poder Executivo, sugerindo investimentos em áreas importantes e que beneficiam diretamente a comunidade.”
Dentro do orçamento da Secretaria Municipal de Cultura Esporte e Turismo, referente às ações prioritárias e metas de auxilio a instituições e grupos culturais do município, a vereadora apresentou emenda passando de R$ 250 mil para R$ 500 mil os investimentos na área. “Nossa cidade é privilegiada quando nos referimos a entidades e grupos culturais. Estas instituições contribuíram e contribuem de forma efetiva na formação de crianças e adolescentes ao longo da história de nosso município e região. Acompanhando de perto este trabalho, constatamos nos últimos anos, a grande dificuldade que encontram para manter as atividades. Em conversa com representantes destas entidades recebemos com tristeza a informação de que grupos históricos de Erechim pensam em encerrar as atividades por falta de apoio. Não podemos deixar que isso aconteça, por este motivo apresentamos a emenda, retirando R$ 250 mil da Secretaria de Comunicação e passando este valor para a Secretaria de Cultura, para ser utilizado na forma de auxílio e/ou contribuição para o desenvolvimento cultural, o cultivo das tradições, o aprimoramento da arte e da cultura, propiciando a difusão cultural, o fortalecimento das instituições”.
A segunda emenda estava relacionada aos recursos para o Fundo Municipal dos Direitos do Idoso, pertencente ao orçamento da Secretaria Municipal de Cidadania e Promoção Social. Neste caso a vereadora Eni Scandolara sugeriu um incremento de R$ 50 mil ao orçamento e enfatizou que de acordo com o Estatuto do Idoso é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. “Dados oficiais e qualquer simples observação indicam o crescimento vertiginoso da população idosa em Erechim e no Brasil. Como atuamos diretamente nesta área, sentimos as reais necessidades e entendemos que o Poder Público, se não pode atender o todo, deve associar-se a todos que gratuitamente se dedicam a esta causa. Através desta emenda ao orçamento as subvenções sociais passariam de R$ 20 mil para R$ 60 mil e os auxílios de R$ 7 mil para R$ 17 mil. Os recursos seriam alocados da publicidade de atos governamentais”.
A terceira emenda também tratava do orçamento da Secretaria Municipal de Cidadania e Promoção Social, mais especificamente do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Neste caso a vereadora Eni sugeriu a suplementação de R$ 200 mil reais, na dotação auxílios, para apoiar a ADAU – Associação de Deficientes Físicos do Alto Uruguai, na construção e equipamento de sua sede. Os recursos sairiam do Orçamento Participativo. “Assim como várias entidades de nossa cidade a ADAU luta há muitos anos por uma sede própria, sempre contando com a boa vontade de seus voluntários e colaboradores, que fazem um trabalho louvável, mas que não é só de sua responsabilidade. Consideramos que a redução de R$ 200 mil das obras do Orçamento Participativo, para atender tão importante demanda, não prejudica o todo do OP. Sendo, portanto, um dever público prestar esta assistência, julgamos plenamente justificável nosso pedido que beneficiaria diretamente as pessoas com deficiência”.
Após a votação em plenário a vereadora Eni Scandolara lamentou a rejeição das emendas pela bancada governista. “Foi-se o tempo em que o Legislativo e o Executivo eram poderes independentes. A simples justificativa que o projeto encaminhado pelo prefeito municipal, em que a previsão orçamentária é de R$ 216 milhões, não poderia sofrer alterações não nos convence. Fica na consciência de cada vereador o voto contrário as emendas”.
Vereadores da base governista votaram contra as emendas que beneficiariam entidades culturais, idosos e pessoas com deficiência |
Votaram favoráveis as três emendas os vereadores Ernani Mello (PDT), Luiz de Brito (PSD), Leandro Basso (PCdoB), Marcos Lando (PDT), Claudemir de Araújo (PTB) e Eni Scandolara (PP). Já os vereadores do PMDB - José da Cruz, Clarice Moraes, Nadir Barbosa, do PCdoB - Fernando Barp, do PT - Lucas Farina, Paulo Fávero, Francisco Melle, Silvio Ambrósio, Valdemar Loch e do PPS - Vânia Miolla votaram contra as emendas que beneficiariam entidades culturais, idosos e pessoas com deficiência.
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