terça-feira, 14 de março de 2017

Câmara aprova Moção de Apoio a manutenção do Banrisul como banco público

Iniciativa da vereadora Eni Maria Scandolara (PP) foi subscrita por todos os vereadores e será encaminhada ao Governador do Estado, Presidente da Assembleia Legislativa, Diretor do Banrisul e ao Presidente da Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul.

Vários funcionários do Banrisul acompanharam na noite de segunda-feira (13) a Sessão Ordinária do Poder Legislativo, onde foi apreciada moção de apoio em defesa do Banco do Estado do Rio Grande do Sul.
Na oportunidade a vereadora Eni Scandolara enfatizou que nos últimos meses muito tem se comentado sobre a possibilidade de venda do Banrisul, como contrapartida ao socorro financeiro por parte do Governo Federal ao Estado do Rio Grande do Sul. Tal ação, somada a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), em tese, resolveria de forma completa e definitiva o rombo fiscal do Estado previsto para este ano, da ordem de R$ 14,5 bilhões (incluindo nessa conta o déficit previdenciário).
Segundo informações veiculadas pelos meios de comunicação a privatização de empresas estaduais é tratada no Ministério da Fazenda como contragarantia a eventuais empréstimos do Banco do Brasil, que, para serem viabilizados, precisam de garantia do Tesouro. “Somos sabedores que o Governo Gaúcho tem passado por dificuldades inclusive para pagar salários de servidores públicos, mas entendemos que incluir a privatização ou a federalização dos ativos do Banrisul no processo de adesão ao regime de Recuperação Fiscal não seria adequado”, ressaltou a parlamentar.
Eni disse ainda que indicadores demonstram que 98,9% do PIB do Estado passa pelo banco, entre créditos para infraestrutura, agrícolas, folhas de prefeituras, estado, entre outros. Até setembro de 2016 o lucro líquido da instituição foi de R$ 495 milhões de reais. “O Banrisul atinge todas as camadas da população e oferece uma gama de produtos. Um exemplo é o cartão Banricompras com custo zero ao usuário e que se pode comprar à vista ou prazo, em várias vezes. É o que garante para muita gente a compra desde um botijão de gás, alimentação e, injeta milhões por mês na economia gaúcha. Portanto, privatizar uma empresa como esta é algo inadmissível. Vender o Banrisul não vai salvar a economia gaúcha. O problema é a dívida com a União, em que o Estado paga R$ 3 bilhões anuais de parcela e, quando não paga tem as contas bloqueadas”.

 


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